✨ Quando um simples crochê vira símbolo de empatia, representatividade e cura emocional
Um gesto de amor que virou missão
João Stanganelli é brasileiro, avô, e tem vitiligo — uma condição de despigmentação da pele que pode afetar a autoestima de quem convive com ela. Mas, em vez de esconder suas marcas, João decidiu tecer com elas um novo significado.
Ao aprender crochê já mais velho, ele quis deixar uma lembrança especial para sua neta. Fez uma boneca. Mas não qualquer boneca: ela carregava as mesmas marcas que ele via em si no espelho.
Nascia ali um gesto singelo, mas poderoso. O que era para ser uma memória afetiva se transformou num projeto inclusivo que hoje emociona o Brasil e o mundo.
Bonecas com vitiligo — e muito mais que isso
As bonecas feitas por João carregam representatividade, empatia e um profundo propósito social. Ele não parou no vitiligo. Logo passou a produzir bonecas com:
- Cadeiras de rodas
- Aparelhos auditivos
- Bengalas
- Diferenças físicas e estéticas
Cada boneca representa uma realidade esquecida no mundo dos brinquedos comerciais, onde o padrão ainda é o mesmo: pele perfeita, cabelos lisos, corpos padronizados.
Mas as criações de João dizem, com delicadeza e firmeza:
“Você existe. Você é lindo(a) assim. Você merece se ver no mundo.”
Um crochê contra a invisibilidade
Na infância, a forma como uma criança se vê no mundo molda sua autoestima. Crescer sem se sentir representado pode gerar um sentimento silencioso de exclusão.
João, com linhas e agulhas, rompe esse ciclo de invisibilidade. Ele borda em cada boneca uma mensagem de acolhimento:
🧵 “Você é único. E isso é lindo.”
🧵 “Suas marcas contam uma história, não um defeito.”
🧵 “Você não está sozinho.”
Muito mais do que brinquedos
O impacto vai além das crianças. Pais e mães se emocionam ao ver seus filhos com brinquedos que falam a mesma linguagem que seus corpos. Educadores usam as bonecas como ferramenta para ensinar sobre inclusão. Psicólogos as utilizam em terapias. Avós se inspiram para retomar sonhos esquecidos.
João mostra que nunca é tarde para começar algo com significado. Que mesmo em meio aos desafios — como o vitiligo, a idade ou as limitações físicas — é possível construir beleza, impacto e transformação.
Uma lição bordada para todos nós
A história de João é sobre crochê, sim. Mas, acima de tudo, é sobre coragem emocional. Sobre olhar para a própria história com carinho e oferecer o que temos de mais valioso: tempo, empatia e intenção.
Enquanto o mundo corre atrás de tendências, likes e pressa, João senta com paciência, pega suas agulhas e continua tecendo inclusão — ponto por ponto.
✨ Que lição você vai bordar no mundo hoje?
Compartilhe essa história com quem precisa se lembrar que é possível transformar dor em arte, diferença em beleza, e amor em movimento.